quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
HISTORIA DO NOSSO GRUPO
Vanir Fernandes conhecido no cenário esportivo como Mestre Corisco, nasceu em 13/09/1957, em Uberlândia , Minas Gerais , Filho de Adélia Fernandes e João Major mudou –se para Uberlândia ainda criança , onde começou treinar capoeira . Mas as aulas não foram adiante porque o professor deixou de dar aulas por motivos particulares. Interessado em prosseguir seu aprendizado e posterior ensinamento, começou a ter aulas com Mestre Osvaldo. Na década de 70 fundou o grupo Cordão de ouro.
Na década de 80 foi formado “Mestre” pelas mãos de Mestre Gatão, atualmente residente em santo André -SP onde desenvolve seu trabalho. Viajou para África do sul para realizar apresentações de capoeira e ministrar cursos .
Responsável pela introdução da capoeira no triangulo Mineiro e Alto Paranaíba , fundou e dirigiu a Ascau – Associaçao de capoeira de Uberlândia (Minas Gerais )onde formou 40,mestre e granjeou mais ou menos 10.000 atletas que conta atualmente com representante nas cidades Araxá , Araporã , Cachoeira Dourada ,Coromandel , Santa Juliana , Caldas novas , Canápolis , Catalão , Monte Alegre , Monte Carmelo , Nova ponte,Corumbaíba ,Sacramento , Ituiutaba , Itumbiara , Paranaiguara ,Perdizes, Quirinópolis , Romaria ,São simão , Tupaciguara ,Uberlândia ,também no exterior representantes da Ascau na Espanha ,França e Japão .
Meste Corisco dedicou –se á promoção de uma vida saudável, á recuperação social de pessoas através do esporte e á utilização da capoeira como filosofia de vida.Em 16/12/2001 recebeu o título de grão Mestre, com certificado e a corda vermelha –prata das mãos de Mestre Garoa, irmão consangüíneo de Mestre Gato , durante cerimônia de formato de mestre .No dia 03/04/2002,faleceu vítima de câncer no estômago .Deixou mulher e dois filhos e um trabalho sócio –cultural admirável. Foi pai amoroso, de seus filhos e de seus alunos, de quem cuidava com rigor e disciplina.Deixou saudades e será sempre lembrado nas rodas de capoeira do mundo inteiro “O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada...’’ é capoeira.
INSTRUMENTAÇÃO
PANDEIRO
O pandeiro è um instrumento de percussão, próprio para marcar ritmos. Compô-se de armação circular de madeira, com aberturas espaçadas em que se colocam uma ou mais rodelas de metal chamadas “soalhas de arames. Uma das bases è recoberta por uma pele esticada. Quando se vira o instrumento, ou nela se bate com a palma da mão, a soalha chocam -se entre si, produzido som característico”.
Trata-se de um instrumento muito antigo, já conhecido dos romanos e árabes, cujos pandeiros não tinham pele. No Brasil, trazido pelos portugueses, o pandeiro fazia parte da primeira procissão de Corpus Christi, realizada na Bahia, em 13 de junho de 1549.Depois de ter sido esquecido após a metade do Século XIX, voltou a ter uso intensivo em rodas de capoeira, escolas de sambas e nos conjuntos rítmicos , espalhando –se de novo por todo o país .
ATABAQUE
O atabaque foi muito defendido na África, mas, foi trazido para o Brasil por “mãos portugueses “ Num primeiro momento, o atabaque era usado em festas religiosas.
Por alguns tempos, foi abolido das rodas de capoeira. Para Bimba, era uma forma das pessoas não acharem que a capoeira tinha elementos do candomblé.
È geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortado em ripas largo e preso umas as outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão aos instrumentos uma forma cônico cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas ‘‘travas’’ que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e bem esticado.
RECO-RECO
O reco-reco è um instrumento utilizado, tradicionalmente, na capoeira Angola.
Reco-reco antigamente não è como os de hoje, era feito da cabaceira (mesmo da cabaça do berimbau) das que fossem cumpridas, então era serrado, na superfície, fazendo-se vários cortes, não muitos profundos, um do lado do outro, onde era esfrega a baqueta, como nos reco-reco dos dias de hoje. Hoje são feitos de gomos de bambu ou de madeira.
AGOGÒ
Instrumento de origem africana composto de um pequeno arco, uma alça de metal com um “cone’’metálico em cada uma das pontas, estes “cones’’ são de tamanhos diferente ,portanto produzido sons diferente que também são produzidos com o auxílio de um ferrinhos que é batido nos “cones “ O agogô e um instrumento , tradicionalmente ,utilizado na capoeira angola .
BERIMBAU
O berimbau è um arco de madeira específica de mais ou menos um metro e meio, cuja extremidade são ligadas. De um lado fica a cabaça, que è presa por um cordão. Utilizado –se uma moeda ou dobrão e uma vareta (baqueta) que ao tocar o fio produz sons diferentes. Sua origem e desconhecidas, mas sua utilização está ligada aos primeiros registros da capoeira.
Conta Mestre Pastinha que o berimbau também era usado como arma. Os capoeiras colocavam uma faca na ponta do instrumento e atacavam os policias que os perseguiam.O berimbau transformava-se em foice de mão.
Os berimbaus são de três tipos “viola’’ (agudo) “médio’’ ( solo ) e ‘‘berra- boi’’(grave ), determinados pelo tamanho da cabaça .
No jogo da capoeira Angola, são utilizados três berimbaus. Os toques característicos desse estilo são os seguintes; São bentos Pequenos, Angola e São Bento grande. (diferentes do toque de São Bento Grande De angola) e o mais característico da capoeira regional.
Os toques e que ditam o estilo do jogo, o ritmo em que deve ser jogado. Ditam também quem deve jogar.O toque de iúna, por exemplo, e só para mestres (Bimba, em geral, não formava mestres e sim alunos e só estes últimos e que podiam jogar na iùna) e, segundo relatos, foi criado para homenagear mestres que já morreram. No entanto, no Rio de Janeiro só jogam os mestres quando iúna e tocada. Ditam também como deve ser jogada a Capoeira, por exemplo, o toque Santa Maria que deve ser jogado sem colocar as mãos no chão.
As partes de um berimbau são:
BAQUETA: a baqueta ou vaqueta é uma vara de madeira com cerca de 40 centímetros de comprimento, sendo fina ou grossa. Alguns capoeiristas passam verniz na baqueta.
CABAÇA: é a caixa de ressonância. Feitas com o fruto de cabaceira, árvore comum no Norte e no Nordeste, pode ser oval (coité) ou pode ser formada por duas partes, quase se arredondadas, interligadas. Depois de seca e cortada, tiram-se a semente antes de ser lixada.
CAXIXI: é uma pequena cesta de palha, com fundo de couro, usada como chocalho. Tem de 10 a 15 centímetros de altura, cerca de seis centímetros de diâmetro na base (essas medidas variam) e um recheio de sementes, pedrinhas ou pequenos búzios.
CORDA: já foi o cipó, um fio de latão, um arame de cerca e mais recentemente, fios de aço retirados dos pneus. O mais comum, hoje, é usar o aço vendidos em carretéis.
DOBRÃO: nome tomado de moeda de 40 réis, é uma peça de cobre com aproximadamente cinco centímetros de diâmetros. No entanto, utiliza-se também pedra-sabão ao invés do dobrão
OQUE ACONTECE...
RODA DE CAPOEIRA
A capoeira é a única luta que é praticada ao som de instrumentos e cantos, que podem ser em forma de: ladainhas, quadras e corridos, narrando, às vezes, um lamento, uma oração, um aviso, uma reza, um agrado, um desafio, um elogio, um fato, uma historia ou até mesmo uma ofensa.
“A música e a capoeira andam juntas. No entanto, essa interação, ainda hoje, é mais importante do que parece, mas nos registros históricos da capoeira, lá estava a música, seja servindo de disfarce para ocultar a sua prática, seja para animar os praticantes, o mesmo para definir o ritmo e o estilo de jogo”, diz Costa 1993.
LADAINHA: são cantigas de saudação no inicio do jogo de angola, podendo ser um aviso, uma reza, um lamento, um desabafo, um agrado ou mesmo um desafio.
QUADRAS: são versos que contam pequenos trechos da historia da capoeira em seus diversos aspectos.”As quadras podem ser cantadas em qualquer toque com banguela” (Almeida, 1994).
CORRIDOS: são versos ás vezes, palavras que solista canta e o coro responde da mesma forma.Os corridos são executados sempre com o toque ² São Bentos Grandes da regional’’.
A roda é, antes de qualquer outro aspecto, uma maneira de harmonizar e equilibrar as formas e as energias presente na capoeira.Simbolicamente todos os presentes têm a mesma importância funcional (quer dizer não existe nenhum ponto da roda que seja privilegiado em termos de visão de participação, por exemplos), além disso, a disposição das pessoas na roda dão uma importante contribuição harmônica; a voz de todos tem uma participação igual, em termos de oportunidade, ficando claro que as diferenças são promovidas pelo volume ou timbre das vozes. Mas todos têm igual oportunidade de jogar sua voz na roda e com influenciar na energia que esteja no ar. Todos, portanto, são igualmente importantes na roda de capoeira.
A roda de capoeira movimenta grande quantidade de energia, devido à soma de todas as energias presentes, além de atrair outras esferas que estão próximas de nós não é a toa que os capoeiristas se transportam para um estágio superior de vibração. Infelizmente, como a roda tem o poder de atrair as forças da natureza, às vezes costuma-se atrair forças desequilibradas ou negativas, para evitar tal influência, os capoeiristas devem manter-se atentos e zelarem pelo bem – estar geral.O tamanho oficial da roda de capoeira è; 2,5 de raio.
MACULELE
Dança dramatizada que se originou nas plantações de cana de açúcar na cidade de Santo Amaro, na Bahia, durante período colonial.O maculele era dançado pelos escravos em comemoração à colheita em épocas de festas religiosas, mas era utilizado também como meio de defesa, por ser uma dança –luta de muita violência.
PUXADA DE REDE
Manifestação popular na qual as pessoas saem a noite para pescaria, munidos de redes, cestos e durante o tempo todo, cantam e dançam para Iemanjá, a deusa do mar, rogando uma noite de paz e fartura.
SAMBA DE RODA
É A forma mais primitiva e autentica do samba brasileiro, por ser a dança que os escravos realizam dentro das senzalas nos seus momentos de descanso e lazer.
CAPOEIRA REGIONAL
A capoeira regional é uma roda alegre onde os capoeiras aguardam sua vez de jogar batendo palmas ao ritmo da música. Os regionais mantêm o corpo mais ereto e desferem golpes mais velozes e com maior quantidade de saltos. Sua origem é diversa da angola. A história da capoeira regional é a história de como o crime se tornou esporte.
De 1890 a 1937, a capoeira foi considerada crime previsto pelo Código Penal da República. Simples exercícios na rua davam até seis meses de prisão. Diziam que um dos castigos que davam ao capoeirista que fossem pegos brigando era amarrar um dos punhos num rabo de cavalo e outro em outro cavalo.Os dois eram soltos e postos para correr disparados até o quartel, sendo que isso já havia causado algumas mortes.A situação de perseguição dura até a década de trinta, quando começa a ser ensinada em academias.
Foi para reverter esse quadro que o baiano Manoel dos Reis Machado, um angoleiro forte e valente conhecido como Mestre Bimba, inventou uma nova capoeira. Teve o cuidado de tirar a palavra do nome da academia que fundou em 1932, em Salvador, o ‘‘Centro de Cultura Física e Luta Regional’’ Filho de um campeão de batuque, uma espécie de luta –livre comum na Bahia do século xlx, juntou técnicas de boxe e do jiu-jitsu e criou um método de ensino.Para fugir de qualquer pista que lembrasse a origem marginalizada da capoeira, mudou alguns movimentos, eliminou a malícia da postura do capoeirista, colocando-o de pé.
Criou um código de ética rígido que exigia até higiene. Estabeleceu uniforme branco e se meteu até na vida privada de seus alunos. ‘‘ Para treinar com meu pai era preciso provar que estava trabalhando ou mostrar o boletim do colégio’’- conta Demerval dos Santos Machados, conhecido como ‘‘formiga’’ nas rodas de capoeira e organizador da ‘‘ fundação Mestre Bimba’’ ao lado do irmão, Mestre Neneu.
Até hoje, angoleiro se regionais se critica mutuamente, embora se respeitam. O maior mérito de Mestre Bimba foi o de transformar a capoeira, antes instrumento de ataque e defesa marginalizado, em esporte que arrebanhou muitos adeptos com a inclusão de novos golpes e mulheres –até então excluídas das rodas.
O que caracteriza a capoeira regional é sua ‘‘seqüência de ensino’’, uma série de exercícios físicos completos e organizados em um número de lição práticas e eficientes, a fim de o atletas obtivesse, dentro do maior espaço de tempo possível, o valor da luta como sistema de ataque e defesa.Este método proporciona um rápido aprendizado de golpes,esquivas e quedas.O atleta torna se, rapidamente, eficaz na arte da luta, mais torna se carente no preceito e na tradição, concepção da honra lealdade, humildade, e companheirismo.
O batizado na regional tem por objetivo testar os conhecimentos de quem está sendo batizado e a iniciação do aluno.O ritual foi inventado por Mestre Bimba, que na época entregava um lenço de seda ao discípulo, baseado no costume dos antigos valentões de Salvador de protegerem o pescoço com um pedaço de seda par que a navalha do inimigo escorregasse. Este costume, influenciado pelas faixas coloridas das artes marciais orientais, inspirou os cordões da capoeira.
‘‘ O capoeira nunca joga um contra o outro, mas com o outro. Assim, ele se prepara para enfrentar a vida lá fora’’- Mestre Bimba.
O maior nome da capoeira regional foi Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba,que nasceu dia 23/11/1900em Salvador e faleceu dia 10/02/1974 em Goiânia.
CAPOEIRA ANGOLA
A capoeira angola nasceu na senzala, nasceu do desejo de liberdade e da consciência de que manter o corpo forte ajudaria a manter a mente sã. Nasceu mesclada ou candomblé como ele, desde cedo, foi cercada de segredo. O segredo não existe para, depois da revelação, se reduzir a um conteúdo de informação. O segredo é a dinâmica de comunicação, de redistribuição de axé, de existência e vigor das regras do jogo.
A luta não é a violência ou a força que entram em jogo, mas as artimanhas, a astúcia, a coragem e o poder de realização (axé) implicada. Na capoeira angola o ritual do batismo é muito importante, pois marca o momento em que o aluno passa a ser ‘‘integrante do grupo’’. Adquire assim, o dever de proteger o grupo e direito de ser protegidos por ele. Na angola, todos são irmãos e não se admite sentimentos de inveja ou de depreciação. O atleta mais fraco fica feliz de saber que terá a seu lado alguém mais forte e capaz, pois significa proteção. Por outro, o mais forte é imbuído de sentimentos protecionista para com os outros e consideram sua responsabilidade ensinar a auxiliadora os demais membros da comunidade. As brigas e rugas entre jogadores são rápidas e superficiais e invariavelmente terminam em risadas e gozaçães.
O batismo é dividido em duas partes: secreta e pública. A secreta acontece, normalmente dentro da academia, sem a presença de público. Participam somente aqueles que serão batizados. A parte pública acontece com a presença do público em geral. Nela o aluno joga com um mestre convidado que será seu padrinho. Ele tem objetivo de derrubar o atleta no chão. Assim que isto acontece, o padrinho o puxa o afilhado pela mão colocando-o rapidamente em pé (em uma alusão de que a partir daquele momento o grupo sempre o levantará), coloca em sua cintura o cordel e diz a todos o seu ‘‘apelido’’(alcunha pela qual passará a ser reconhecido a partir daquele momento). Este apelido é escolhido anteriormente e leva em consideração características pessoais do atleta.
Na angola, os capoeiras se vestem de branco (o abada), resquício da época onde o capoeira para provar ser bom, entrava e saía da roda com a roupa impecavelmente limpa. O jogo é rasteiro, lento, mas não menos preciso ou mortal.Os atletas ficam agachados, quietos, esperando sua vez de jogar.
‘‘ O segredo da capoeira morre comigo e com muitos outros mestres’’ – dizia Mestre Pastinha, que foi o maior nome da capoeira angola, morto aos vinte e sete anos de idade e cantado até hoje em rodas de todo o Brasil’’.
‘‘ Nosso movimento não tem pressa de chegar, mas quando chegam é de forma harmoniosa.É um diálogo de corpos. Eu venço quando meu parceiro não tem mais respostas para minhas perguntas’’- Mestre Pastinha’’
O maior nome da capoeira angola é Vicente Ferreira Pastinha, o Mestre Pastinha, que nasceu no dia 05/04/1899 em salvador e faleceu no Pelourinho em 1981
CAPOEIRA
A palavra capoeira não é africana. Ela vem do tupi Kapu’era e possui dois significados. Designa tanto mato ralo ou roçado, como a gaiola onde eram transportados pequenos animais. Quanto ao vocábulo no sentido do ‘‘jogo de capoeira’’ a s suposições são variadas por se dizer que:
. O negro fujão ‘‘caiu na capoeira’’
. O escravo fugido procurava a capoeira – mato onde podia se movimentar com maior facilidade
. O exercício de dois indivíduos que se batem por mero divertimento se parece tanto com a briga de galo (capão)
. O macho de uma pequena perdiz, chamado capoeira, era muito ciumento e travava lutas com seus rivais e ‘‘os passos de destreza desta luta foram comparados com o dos homens”
. Os escravos traziam capoeiras (cestos) de galinhas para o mercado (da rua da praia de D.Manuel, no Rio de Janeiro) divertiam - se jogando capoeira, e o nome do objeto passou para pessoa a ela relacionada.
Vale lembrar que a capoeira era praticada como luta por negros escravos em busca da liberdade e não se pode deixar de observar que o jogo da capoeira não existe e nem é praticada em terras africanas. É comum dividir a história em três período: escravidão, marginalidade e ensino nas academias.
Escravidão: a capoeira, uma forma de luta teria se disfarçado em dança para iludir e contornar a proibição e sua prática por parte de brancos feitores e senhores de engenho.
Marginalidade: após a abolição da escravatura, em 1888, ex-escravos capoeiristas não teriam encontrado lugar na sociedade e caíram na marginalidade, levando consigo a capoeira que acabou proibida por lei.
ENSINO NAS ACADEMIAS: NA DÉCADA DE TRINTA FOI REVOGADA A LEI QUE PROIBIA A PRÁTICA E ABRIAM-SE AS PRIMEIRAS ACADEMIAS EM SALVADOR: A CAPOEIRA SAIU DAS RUAS – E DA MARGINALIDADE – E COMEÇOU A SER ENSINADA E PRATICADA EM RECINTOS FECHADOS.
SEGUNDOS A ENCICLOPÉDIA BRASA, A CAPOEIRA É LUTA ATLÉTICA, DE DESTREZA, BASEADO EM ESQUIVAS (AOS LUTADORES É VEDADO SEGURAR OU BLOQUEAR QUALQUER GOLPE), CUJA FINALIDADE É DERRUBAR O ADVERSÁRIO PELO DESEQUILÍBRIO. SURGIU NO BRASIL PRESUMIVELMENTE NO SÉCULO XVL, ENTRE OS DESCENDENTES DE ESCRAVOS BANTOS PROCEDENTES DE ANGOLA. O ACOMPANHAMENTO MUSICAL, USADO AINDA HOJE NA CAPOEIRA, TERIA SERVIDO PARA MASCARAR AS VERDADEIRAS INTENÇÕES DOS ESCRAVOS: EXERCITAR-SE PARA ENFRENTAR, EM ÉPOCA OPORTUNA, O BRAÇO ARMADO DO BRANCO.
ALVO DE CONSTANTES PERSEGUIÇÕES POLICIAIS POR TODO O PAÍS ATE AS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉC: XX, A CAPOEIRA SOBREVIVEU A TODAS RESTRIÇÕES E PASSOU A DESPERTA PROGRESSIVO INTERESSE DE INSTITUIÇÕES ESPORTIVAS E DE AFICIONADOS DE TODAS AS CLASSES SOCIAIS.
EM 1973 INSTITUCIONALIZOU-SE COM PRATICAS DESPORTIVA REGULAMENTADA.AS COMPETIÇÕES DE CAPOEIRA SE REALIZAM EM QUATRO MODALIDADES: INDIVIDUAL, DUPLAS, CONJUNTO E EQUIPES.OS GOLPES DESFERIDOS PELOS LUTADORES, TAMBÉM DITOS JOGADORES OU ATLETAS, SE CLASSIFICAM EM TRÊS GRUPOS: OS LIVREMENTE PERMITIDOS, OS PERMITIDOS SOB CONTROLE E OS PROIBIDOS.A LUTA TEM INICIO QUANDO A BATERIA (AQUELES QUE TOCAM OS INSTRUMENTOS), ASSIM O SINALIZA.O SOM DE INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO, ENTRE OS QUAIS PREDOMINA O BERIMBAU, E DAS PALMAS RITMADAS DOS CIRCUNSTANTES PONTUA RITMICAMENTE TODA A LUTA.
DURANTE A COMPOSIÇÃO, A DECISÃO DE UM ENCONTRO E TOMADA POR UM ÁRBITRO, DE ACORDO COM A CATEGORIA QUE ESTEJA SENDO DISPUTADA. NAS PROVAS DE CONJUNTO E DUPLAS O VENCEDOR É ESCOLHIDO PELO NÚMERO DE PONTOS; NAS INDIVIDUAIS E DE EQUIPES, POR PONTOS, DESISTÊNCIAS, DESCLASSIFICAÇÃO E DESQUALIFICAÇÃO. A CONTAGEM DE PONTOS CABE AOS JURADOS, QUE SÃO EM NÚMERO DE TRÊS, PARA AS COMPETIÇÕES INDIVIDUAIS E POR EQUIPES, E CINCO, PARA AS DE CONJUNTO E DUPLAS. TANTO O ÁRBITRO COMO OS JURADOS SE SUBORDINAM AO DIRETOR DE COMBATE. PARA A CONTAGEM DE PONTOS NAS COMPETIÇÕES INDIVIDUAIS E POR EQUIPES OBSERVAM-SE OS SEGUINTES ITENS: TÉCNICA, DEFESA (HABILIDADE PARA ANULAR, DESVIAR OU ATENUAR OS EFEITOS DOS GOLPES), FUGA E FALTA.
Para o bom desenvolvimento do atleta e correto a prática do atleta do esporte é essencial:a técnica,a defesa, a eficiência, a objetividade, a resistência, a aplicação de golpes, a vestimenta, o ritual, o ritmo, os toques e cânticos.
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